Você já ouviu falar no salário emocional? Ele advém de um conceito de felicidade interna nas empresas e isso é tão importante quanto a remuneração monetária. Caso a sua empresa não conheça o conceito é hora de se atentar a ele.
Com o desenvolvimento das relações de trabalho e a valorização do capital humano, percebeu-se que o salário remuneratório não é o único fator importante para atrair profissionais e mantê-los como colaboradores.
É por isso que houve o desenvolvimento da noção de outros tipos de salário que não são necessariamente voltados às questões monetárias.
Para conhecê-los continue lendo e veja algumas formas de atração e manutenção de talentos para sua empresa.
O que é salário emocional?
Esse tipo de salário, conforme dito acima, não se confunde com a remuneração monetária. Ele inclui algumas vantagens que podem ser concedidas aos colaboradores. Elas não necessariamente possuem valor financeiro.
Segundo pesquisas de mercado, a maioria dos pedidos de demissão dos colaboradores em empresas não está relacionada ao salário e sim às questões comportamentais, de cultura da empresa e de abertura de oportunidades.
Note que elas não são financeiras, necessariamente. O profissional sente outros desejos e pretensões que vão além do salário monetário que ele recebe. É claro que este é importante, o que se deve ter em mente é que não é suficiente.
A valorização do capital humano precisa de outros fatores. Somente dessa maneira é possível se diferenciar no mercado ou ao menos não ficar para trás, eis que muitas corporações já entenderam a importância do salário de fins emocionais.
O que o salário emocional leva em consideração?
São diversos os pontos que compõem o salário de cunho emocional e todos eles são importantes e se referem a um elemento que é conhecido como FIB, a Felicidade Interna Bruta. Ela é parte essencial do desenvolvimento desses benefícios.
Conheça alguns dos principais pontos que o FIB leva em consideração:
- Bem-estar físico e mental;
- Cultura interna empresarial;
- Educação corporativa;
- Governança;
- Meio ambiente da empresa e condições da jornada de trabalho;
- Padrão de vida;
- Saúde, entre outros.
Desde logo é possível entender que o salário do tipo emocional envolve muitas questões.
Elas abrangem desde o ambiente no qual o colaborador está inserido até as possibilidades de crescimento. Outros pontos se referem à valorização da saúde.
Quais são as vantagens do salário emocional?
Ao investir em processos e técnicas que buscam oferecer um salário do tipo emocional para os seus colaboradores você encontra inúmeros benefícios.
Veja como a sua empresa pode crescer com esse tipo de tática:
- Atração de talentos;
- Aperfeiçoamento das atividades;
- Aumento da produtividade;
- Melhoria do clima organizacional interno;
- Promoção da imagem externa;
- Otimização de recursos;
- Retenção dos talentos.
Todos esses benefícios refletem em resultados incríveis para a sua empresa. A soma deles leva ao crescimento combinado à diminuição de gastos e à melhor utilização dos recursos, sejam eles humanos ou financeiros.
E quais os principais tipos de salário emocional?
Agora que você já conhece o que o salário que vai além do dinheiro e dos adicionais previstos em lei pode fazer pela sua empresa é hora de conhecer como ele se desenvolve na prática.
Existem inúmeras opções para as empresas que querem dar valor ao salário do tipo emocional.
Veja as principais delas abaixo e encontre aquelas que melhor se enquadram na sua corporação.
Plano de carreira
Caso a sua empresa ainda não possua um manual com regras internas claras que constituem um plano de carreira, reveja sua postura agora mesmo. Ele é muito importante na retenção de colaboradores.
Um dos principais motivos da saída de profissionais das empresas é a falta de perspectiva de crescimento e de regras claras quanto às promoções. O desenvolvimento de um plano de carreira é capaz de contornar isso rapidamente.
Ele deve ser desenvolvido com cuidado e com base nas leis trabalhistas. Ao criá-lo considere convidar os colaboradores para participar de sua criação para ouvir suas principais demandas e objetivos.
Isso é uma forma de fazer uso do salário emocional desde o início, demonstrando ao colaborador que sua opinião importa e, claro, apresentando um manual com regras que lhe demonstrem o caminho para crescer dentro da organização.
Capacitação interna e educação corporativa
Outra forma de promoção do salário subjetivo e emocional dentro da empresa é a aposta em cursos e atividades de capacitação interna e de promoção da educação corporativa.
Essa é uma ótima maneira de demonstrar ao colaborador sua valorização. Isso é uma via dupla, cabe lembrar.
Na mesma medida em que o colaborador se sente valorizado a empresa tende a ganhar com o aumento da destreza e conhecimento que ele obtém para realizar suas próprias atividades profissionais.
O crescimento do colaborador e da organização ocorre de maneira conjunta e paralela. Ele aprende novas técnicas e se aprimora, aplicando esses novos conhecimentos nas suas atividades que levam ao aumento e melhoria da produção.
Flexibilidade
Essa é uma palavra que deve ganhar cada dia mais importância quando o assunto é a gestão de colaboradores e a concessão de benefícios tais como de salário emocional. A flexibilidade se torna a cada dia mais importante.
Seja pela entrada das novas gerações no mercado de trabalho ou pelas mudanças na forma como nos relacionamos e guiamos o dia a dia, dar a oportunidade de flexibilizar as atividades pode trazer muitos benefícios aos colaboradores e às empresas.
Muitas empresas têm medo desse tipo de flexibilização e isso deve ser contornado.
A partir do desenvolvimento de regras claras você pode valorizar o colaborador ao considerar que suas atividades e a qualidade delas é mais importante do que o tempo.
Uma boa maneira de colocar isso em prática é pela jornada híbrida de trabalho.
Com ela o colaborador pode prestar serviços em alguns dias na sede da empresa e outros em home Office. Ele se adapta ao trabalho de acordo com outras responsabilidades.
Políticas de feedbacks
A última forma que trazemos para você colocar em prática o salário emocional é pela aposta em políticas de feedbacks. Elas correspondem ao diálogo entre gestor e colaborador em conjunto a avaliações.
Essas avaliações devem ser da empresa em relação ao colaborador e deste em relação à organização.
É essencial ressaltar falhas ou formas de contorná-las sem se esquecer de ressaltar os pontos positivos dos colaboradores.