Em uma empresa há muitos tipos de lideranças e, entre elas, a liderança situacional, função cada vez mais popular nas empresas brasileiras. Nos novos paradigmas de gestão, as lideranças e responsabilidades são mais horizontalizadas, um movimento que visa ter mais contato com todas as funções para manter o fluxo de trabalho mais dinâmico e consistente com o negócio.
A liderança situacional é estratégica, pois se adapta em momentos de crise, na falta de outros tipos de lideranças ou no intuito de dar a oportunidade para que o colaborador contribua de forma mais enfática e autônoma em determinado cenário. É sobre este tipo de liderança que você saberá mais a seguir!
O que é liderança situacional?
Nunca antes se falou tanto sobre a importância da figura do líder. Esta função tem a missão mediar o relacionamento empresa-colaboradores, difundir a cultura organizacional e adotar estratégias para ampliar a produtividade das equipes, além de dar continuidade no alcance de resultados satisfatórios.
Como vimos, há diversos tipos de liderança, o que mais se destaca neste contexto é a liderança situacional, um tipo de líder que tem a habilidade de administrar mudanças, crises, conflitos e situações adversas em determinado contexto.
Revisitando os conceitos de liderança situacional
Para os teóricos Paul Hersey e Kenneth Blanchard, a liderança situacional refere-se à liderança que é moldada conforme a variação das situações apresentadas, ou seja, uma espécie de líder cuja capacidade é se adaptar momento, que tem a capacidade de conduzir os colaboradores para que reajam positivamente, alcançando os melhores resultados, mesmo em situações desafiadoras.
Para Hersey e Blanchard, a liderança situacional trata-se de um conceito chave na gestão de alta performance, sendo possível adaptar este conceito ao perfil de cada profissional, considerando as condições técnicas e inteligência emocional, entre outras competências, aliando esses fatores ao contexto. Esta figura pode surgir apenas em situações mais drásticas ou estar desempenhado em um contexto específico dentro da equipe.
A liderança situacional não é uma liderança qualquer: deve ser orientada pela capacidade de delegar as tarefas adequadas aos diferentes níveis de capacidade dos colaboradores. Conhece a aplica a gestão por competência, pautada na identificação do perfil comportamental, e ainda tem um apelo mais humanizador, pautado no aprendizado ágil para gerar diferenciais de mercado, resolver problemas e gerar ainda mais autonomia na equipe.
Conforme o seu nível de maturidade do profissional, o líder situacional oferece apoio técnico para conduzir a equipe na melhoria contínua e para novos estágios de maturação.
Por que adotar a figura do líder situacional na empresa?
O conceito é recente e muito bem-vindo às empresas modernas, principalmente em países que enfrentam climas instáveis e crises constantes, como o Brasil.
Este líder é uma figura que inspira e ensina seus colaboradores a desenvolverem a mesma postura, um líder que forma líderes em situações mais complexas. Com isso, é um facilitador da experiência positiva dos colaboradores.
Competências necessárias para a liderança situacional
A liderança situacional é tão flexível que pode se enquadrar em cenários em que as mudanças são constantes e em diferentes segmentos produtivos, pois se adapta facilmente e faz com que as pessoas ao seu redor desenvolvam também esta postura, a fim de atingir resultados extraordinários, individuais e coletivos.
Estas são algumas competências necessárias ao líder situacional:
- Capacidade de adaptação – É talvez a principal habilidade de um líder situacional. Ele consegue se adaptar rapidamente a quaisquer tipos de contextos, ou seja, ele transita entre os mais positivos, indo até os mais adversos. A sua motivação é a busca de soluções, saindo da zona de conforto para gerar estratégias eficientes para lidar com transformações e intempéries juntamente com a sua equipe.
- Direcionamento – Este líder apoia e ensina o colaborador a executar suas tarefas e acompanhar o desenvolvimento delas até a conclusão. Em seguida, ele estimula a autonomia para que o colaborador possa executá-las sozinho.
- Orientação – Além de um mediador, o líder situacional é um orientador dos seus colaboradores e liderados, pois ele mostra como se deve proceder e acompanha a execução do que precisa ser feito. Ele reconhece as habilidades e competências do colaborador, para assim utilizar estratégias específicas em prol dos resultados.
- Apoio – O líder situacional oferece apoio ao desenvolvimento do colaborador, para que este adquira confiança, comprometa-se com o seu crescimento e desenvolva suas habilidades de forma contínua. Para tal, ele apenas apoia, sem interferir nas funções do liderado.
- Delegação – Ele é apto a delegar trabalhos, definir tarefas e responsabilidades. Além disso, ele não fica em cima de seus colaboradores, pois sabe que estes foram orientados para que façam o que precisa ser feito. É um incentivador da autonomia e liberdade para trabalhar, e motiva o colaborador a tomar decisões e fazer mudanças.
Como desenvolver a liderança situacional
Nenhum líder nasce da noite para o dia e também ninguém nasce líder. O desenvolvimento de lideranças, inclusive da liderança situacional, deve ser uma constante em qualquer empresa.
O líder situacional, primeiramente, deve estar disposto a assumir as responsabilidades e deve ainda ter as capacidades necessárias e competências, das quais já falamos. Ao indicar um colaborador para o cargo, o responsável deve reconhecer o nível de maturidade de cada membro e avaliar o quanto o indivíduo escolhido atende às complexidades da tarefa.
Além disso, há o fator da cultura organizacional, que deve permitir o desenvolvimento de lideranças e gerar um ambiente produtivo para toda a equipe, uma vez que esta função irá se desenvolver neste meio. É de um ambiente colaborativo que surgem as lideranças situacionais.
Valores como autonomia, responsabilidade, adaptação, comunicação, criatividade, relacionamento interpessoal e gestão de alta performance são comuns em ambientes de geração de lideranças. Estes valore também evitam o turnover e tornam o ambiente motivador.
A capacitação é outro fator importante. Se um líder não se desenvolve de uma hora para outra, de que forma ele se desenvolve? Com o desenvolvimento de suas competências através da capacitação contínua e da prática na rotina de trabalho.
Veja também: Employer branding: por que ficar de olho no assunto
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