A escala de plantão é um conceito essencial na organização do trabalho em setores que exigem disponibilidade contínua, como saúde, segurança e serviços de emergência.
E entender como configurar e gerenciar essas escalas é crucial para garantir que as operações sejam ininterruptas e eficazes.
Afinal, ao adotar uma abordagem estratégica na gestão de escalas, as organizações podem otimizar recursos, atender à legislação trabalhista e melhorar a satisfação dos colaboradores, mantendo assim a qualidade e a segurança dos serviços prestados.
Para saber mais sobre escalas de plantão, continue a leitura!
O que é a escala de plantão?
A escala de plantão é um sistema de organização de horários de trabalho adotado em ambientes que requerem operação contínua, como hospitais, serviços de emergência, e segurança.
Esse tipo de escala garante que haja sempre colaboradores disponíveis para cobrir todas as horas do dia e todos os dias da semana, incluindo feriados e fins de semana.
Assim, a escala de plantão é projetada para assegurar que os serviços essenciais nunca sejam interrompidos, proporcionando cobertura constante. Isso é feito por meio de turnos que se alternam entre os colaboradores, de forma que cada um trabalhe em determinados períodos, seguidos por períodos de descanso.
Essas escalas de trabalho podem variar bastante em termos de duração dos turnos e dos intervalos de descanso, dependendo das necessidades específicas do setor e das negociações entre empregadores e empregados.
O que é o plantonista?
O termo “plantonista” refere-se ao profissional que trabalha em regime de plantão, ou seja, em escalas de trabalho que cobrem períodos fora do horário comercial padrão, incluindo noites, finais de semana e feriados.
Assim, os plantonistas devem estar disponíveis para atender casos urgentes e imprevistos durante o turno.
Devido à natureza de seus horários, os plantonistas recebem compensações adicionais, como adicionais noturnos ou por trabalho em feriados e finais de semana.
Escala de plantão e de revezamento é a mesma coisa?
Embora a escala de plantão e a escala de revezamento possam parecer similares por ambos envolverem a cobertura de horários fora do padrão comercial, eles são distintos em suas finalidades e estruturas.
A escala de plantão refere-se à organização de turnos para garantir que o trabalho continue sem interrupções durante 24 horas por dia, todos os dias. Isso é comum em hospitais, serviços de emergência e outras áreas onde a continuidade é crucial.
Por outro lado, a escala de revezamento envolve a divisão do horário de trabalho em turnos que se alternam em diferentes períodos do dia, como manhã, tarde e noite, mas não necessariamente cobre as 24 horas do dia.
Este modelo é usado em indústrias de manufatura, atendimento ao cliente e outros setores onde a operação não precisa ser ininterrupta, mas se estende além do horário comercial normal.
Para entender melhor a diferença, confira esta tabela:
Escala de plantão | Escala de revezamento |
Mais comum na área da saúde, segurança e serviços de utilidade pública | Comum no varejo, indústrias e atendimento ao cliente |
Garantir cobertura contínua (24/7) para serviços essenciais. | Cobrir períodos estendidos sem necessariamente ser 24/7. |
Exige que o trabalho seja contínuo sem interrupções. | Não exige trabalho ininterrupto; pode haver pausas entre turnos. |
Menos flexível, pois os turnos precisam ser completamente cobertos. | Mais flexível, com possibilidade de variar os turnos. |
Cobertura constante, incluindo noites, feriados e fins de semana. | Cobertura conforme a demanda operacional, não necessariamente 24 horas. |
Qual a importância do planejamento da escala do plantão
O planejamento cuidadoso da escala de plantão é crucial para qualquer organização que dependa de operações contínuas, como hospitais, serviços de emergência, e indústrias que operam 24 horas.
Isso porque ele garante que não haja interrupções nas operações, além de outros fatores como:
- Assegura que todas as normas trabalhistas sejam cumpridas, evitando infrações legais que podem resultar em multas e danos à reputação da empresa;
- Possibilita a alocação de recursos de maneira mais eficiente, otimizando o uso de pessoal e reduzindo custos com horas extras desnecessárias;
- Permite que a organização responda de maneira flexível a situações imprevistas, como ausências de última hora ou picos inesperados de demanda, garantindo que a empresa possa ajustar rapidamente sua força de trabalho sem comprometer a qualidade ou a segurança do serviço.
Como funciona a carga horária de plantão?
A carga horária de plantão é regulada de maneira a garantir a cobertura necessária para as operações contínuas de uma organização, ao mesmo tempo em que se respeita a legislação trabalhista e se busca o bem-estar dos colaboradores.
Assim, os turnos de plantão são definidos com base nas necessidades operacionais. Por exemplo, em hospitais, é comum turnos de 12 horas para garantir cobertura médica constante.
No entanto, de acordo com a CLT, a jornada de trabalho normal não deve exceder 44 horas semanais e 8 horas diárias, salvo acordos ou convenções coletivas que estipulem de outra forma.
Assim, para escalas de plantão, especialmente aquelas em formatos como 12×36, é comum que haja um acordo específico que permita jornadas mais longas seguidas de períodos de descanso maiores.
Do mesmo modo, além do respeito ao número de horas semanais, os platonistas também devem receber, quando devido e no formato adequado, direitos como:
- Adicional noturno;
- Hora extra;
- DSR;
- Intervalos de descanso intrajornada e interjornada.
Quais as principais escalas de plantão?
Quando falamos em plantões, estamos lidando com uma situação em que profissionais especializados em determinadas atividades precisam estar presentes para garantir a operação da empresa.
Assim, as escalas de plantão mais comuns são as que apresentam um trabalho de maior continuidade diária, como:
- Escala 12×36;
- Escala 24×48;
- Escala 24×72;
- Escala 6×12;
- Escala 12×24;
- Escala 8×16;
- Escala 24×24.
Quais os principais erros na elaboração de uma escala de plantão?
A elaboração de uma escala de plantão envolve múltiplos aspectos que, se não forem adequadamente considerados, podem levar a problemas operacionais e de gestão de recursos humanos.
Abaixo, alguns dos erros mais comuns que os gestores devem evitar ao planejar escalas de plantão:
- Falta de visibilidade geral das escalas e equipes: não ter uma visão clara e abrangente de todas as escalas e disponibilidade das equipes pode resultar em conflitos de agendamento e uso ineficaz do pessoal. Isso pode levar a falhas na cobertura necessária, especialmente durante períodos críticos;
- Desconsideração de períodos sazonais: ignorar as variações sazonais na demanda por serviços é um erro comum. Durante períodos de maior demanda, como feriados ou eventos especiais, é essencial ajustar a escala para garantir suficiente cobertura sem sobrecarregar a equipe;
- Falta de atenção aos limites de horas trabalhadas e horas extras: exceder os limites legais de horas trabalhadas não só compromete a saúde e segurança, como também pode resultar em penalidades legais. Além disso, o excesso de horas extras pode indicar problemas de planejamento;
- Não considerar o descanso semanal remunerado (DSR): é fundamental incorporar o DSR na escala de plantão. Falhar em garantir que os colaboradores tenham seu descanso adequado pode afetar negativamente o moral da equipe e aumentar o risco de erros operacionais;
- Deixar os colaboradores de fora: não envolver os colaboradores no planejamento das escalas pode reduzir a satisfação e a eficácia das escalas. O envolvimento dos colaboradores pode ajudar a identificar preferências e restrições, contribuindo para escalas mais equilibradas;
- Não manter um histórico de comunicações e planejamentos: a falta de registro de comunicações anteriores e planejamentos pode levar a repetição dos mesmos erros e dificultar a resolução de conflitos. Manter um histórico detalhado ajuda a melhorar os processos ao longo do tempo e proporciona uma base para decisões futuras.
Como fazer escala de plantão?
A elaboração da escala deve incluir alguns fatores essenciais ao planejamento. Veja a seguir!
Analise as necessidades operacionais
A primeira etapa na criação de uma escala de plantão é entender completamente as demandas operacionais da organização.
Isso inclui avaliar os horários de maior movimento, períodos de menor atividade e quaisquer requisitos específicos do setor que possam influenciar a necessidade de pessoal.
Uma análise detalhada ajudará a determinar quantos colaboradores são necessários e em quais horários.
Conheça as regulamentações legais
É fundamental estar atualizado com todas as leis trabalhistas que afetam a elaboração de escalas de plantão.
Isso inclui compreender as normas sobre horas extras, descanso entre turnos, direito a folgas e adicionais noturnos ou por trabalho em feriados.
Assim, garantir a conformidade legal não apenas evita penalidades, mas também protege a empresa de possíveis litígios trabalhistas.
Consulte os colaboradores
Incorporar a opinião dos colaboradores no processo de elaboração das escalas pode aumentar significativamente a satisfação e reduzir conflitos.
Realizar pesquisas de interesse, preferências de turnos e restrições pessoais ajuda a criar uma escala mais flexível e aceita pela equipe.
Isso também pode contribuir para um ambiente de trabalho mais harmonioso e produtivo.
Utilize ferramentas flexíveis
O uso de softwares de gestão de escalas permite uma maior flexibilidade e eficiência na criação e ajuste das escalas de plantão.
Essas ferramentas facilitam a visualização de toda a cobertura de turnos, permitem ajustes rápidos em resposta a imprevistos e ajudam a manter um registro claro das horas trabalhadas por cada colaborador.
Defina políticas de aceites, trocas e pedidos de alteração
Estabelecer políticas claras e transparentes para aceitação de turnos, trocas e pedidos de alteração é crucial para manter a ordem e a justiça no processo de gestão de escalas.
Essas políticas devem ser bem comunicadas a todos os colaboradores e incluir procedimentos específicos para solicitar mudanças, incluindo pontos como:
- Critérios para aceitação de turnos;
- Procedimentos para solicitação de troca de turnos;
- Regras para pedidos de alteração de escala;
- Prazos para submissão de pedidos;
- Responsabilidades do gestor de escalas;
- Consequências para não cumprimento das políticas;
- Mecanismos de resolução de conflitos;
- Considerações de emergência ou exceções;
- Processo de comunicação das mudanças;
- Diretrizes de priorização para aceitação de pedidos.
Isso garante que todos os pedidos sejam tratados de forma equitativa e que as regras sejam seguidas, minimizando confusões e descontentamento.
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