O coaching é um processo que visa melhorar o desempenho dos profissionais se concentrando no “aqui e agora” e não no passado ou futuro distante.
Embora existam muitos modelos diferentes para esse processo, em diversas áreas, aqui não estamos considerando o ‘coach como especialista’, mas, em vez disso, o coach como um facilitador do aprendizado.
Isso porque existe uma enorme diferença entre ensinar alguém e ajudá-lo a aprender. Ao orientar alguém, fundamentalmente, o coach ajuda o indivíduo a melhorar seu próprio desempenho: em outras palavras, ajudando-o a aprender, ao invés de apenas ensiná-lo.
Neste artigo, você vai conhecer mais características deste termo. Acompanhe a seguir!
O que é coaching, afinal?
O processo de coaching envolve a crença de que o indivíduo tem as respostas para seus próprios problemas dentro deles.
O coach, ou treinador, muitas vezes pode não ser um especialista no assunto, mas investe em recursos para ajudar o seu aluno a liberar seu próprio potencial. O foco é no no indivíduo e no que está dentro de sua cabeça. Além disso, se tratando de um ambiente empresarial, por exemplo, o coach não precisa, necessariamente, fazer parte de uma mesma equipe ou sequer da mesma organização: qualquer um pode adotar uma abordagem de coaching com outros, sejam colegas de trabalhos, conhecidos ou consultores profissionais.
Como as sessões funcionam na prática?
Em linhas mais simples, o processo, em si, pode ser definido como uma espécie de relação que ajuda as pessoas a conquistarem resultados excepcionais nas tarefas que se proponham a fazer. A prática funciona porque utiliza a experiência do treinador e a aplica a situações e cenários com os quais o cliente tem dificuldades, ajudando-o a superá-las.
Os treinadores podem orientar os profissionais a traçarem um projeto de vida e a tomar as decisões necessárias para conquistá-lo, mas não podem, de fato, fazer nada sem depender do empenho de seus alunos, ou também chamados de ‘coachees’. Na prática, durante as sessões, os coachs dão orientações acionáveis e suporte ao longo de um período, ajudando a acelerar o progresso de quem contrata o serviço.
Além disso, a sessão de coaching é estruturada seguindo as demandas do coachee. Consequentemente, antes de tudo, é necessário que o profissional conheça a fundo todas elas, para que o seu trabalho seja bem-sucedido. O próximo passo é definir um acordo do que será trabalhado nos encontros e quais resultados podem ser esperados.
Em seguida, o coach estabelece metas e objetivos para cada sessão e explora diferentes cursos de ação para conquistá-los. Neste sentido, o ideal é adaptar-se ao máximo para que as lições sejam sempre úteis para o aluno.
Esses profissionais trabalham, no geral, com métricas que permitem avaliar o comprometimento do coachee e a eficácia dos planos traçados. Isso faz com que seja comum vê-los mudar estratégias, rever objetivos e corrigir a rota para conquistar os melhores resultados possíveis.
Por fim, é válido considerar que cada sessão de coaching é diferente dependendo dos objetivos e das características de quem contratou o serviço, e é muito difícil estipular exatamente de que forma elas se desenvolverão.
Exemplo de processo de coaching baseado em modelo de aprendizagem
Uma ferramenta bastante utilizada no processo de coaching é o ciclo de competências — trata-se de um modelo de quatro estágios que pode ajuda as pessoas a identificarem as suas competências:
1) Incompetência inconsciente
Você não sabe que não sabe de nada.
Um bom exemplo seria uma criança que nunca viu uma bicicleta ou não tem ideia de que exista outra língua além da sua.
2) Incompetência consciente no processo de coaching
Você ficou ciente de que não possui uma habilidade específica.
Um exemplo pode ser a criança que viu outras crianças andando de bicicleta ou ouviu alguém falar outro idioma e, portanto, deseja aprender.
3) Competência consciente
Você aprendeu a fazer algo, mas ainda precisa pensar sobre isso para fazê-lo.
Um exemplo seria a criança que pode andar de bicicleta, mas cai se parar de assistir aonde está indo.
4) Competência inconsciente
Você aprendeu a fazer algo tão bem que se transformou no seu cérebro.
Você não precisa mais pensar em como fazê-lo, mas apenas fazer algo, de fato. Aliás, neste ponto, se pensar muito sobre isso, pode não ser capaz de realizar a ação.
Neste contexto, os treinadores precisam identificar o estágio no qual o indivíduo se encontra para usar o tipo certo de linguagem para ajudá-lo a passar para a etapa seguinte. Afinal, é difícil tentar melhorar uma habilidade se o profissional não sabe que a possui.