capital de giro

Capital de giro ainda requer muita atenção dos empreendedores

O capital de giro costuma representar um ponto crítico para as empresas, no sentido de manter as suas reservas em equilíbrio. Isso acontece porque não adianta somente compreender a sua importância e como calculá-lo se, ao longo do tempo, não houver um controle rígido – e efetivo – do recurso.

Além disso, o gerenciamento do dinheiro usado para sustentar um negócio deve ser observado de maneira cuidadosa por um simples fato: existem períodos em que se vende mais; enquanto em outros, as vendas caem.

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Ou seja, essa administração de capital é, ainda, um grande desafio para a maioria das empresas, especialmente para as PMEs.

Afinal, nem todo empreendedor consegue formar um montante financeiro suficiente, que garanta a continuidade de suas operações sem depender de empréstimos ou financiamentos.

A seguir, neste artigo, vamos apresentar mais aspectos para que você possa entender um pouco mais sobre este tema. Acompanhe!

O que é capital de giro?

Em linhas mais simples, o capital de giro trata-se de uma reserva de dinheiro que todo negócio deve ter para arcar com os custos e manter as suas despesas ao longo do tempo.

Isso vale desde os custos para abrir a empresa quanto para pagar contas, fazer reformas, etc. – ele é quem vai cobrir algumas das despesas fixas e pontuais.

Não adianta somente compreender a sua importância e como calculá-lo se, ao longo do tempo, não houver um controle rígido (e efetivo) do recurso.

Outro ponto importante é que esta reserva precisa ser feita independente de possíveis lucros que a empresa esteja gerando ou de outras fontes de renda que possui.

Os recursos que formam estão no estoque do negócio, em seu caixa, no banco, em contas a receber, dentre outros.

De forma mais objetiva, esse tipo de capital se refere a uma reserva financeira cujo objetivo é sempre garantir que uma empresa continue funcionando em termos financeiros – que faça a “girar”, como sugere o nome.

Como funciona, na prática?

Existem muitas variáveis que podem comprometer a integridade o giro do capital. Por exemplo, imagine que, durante um ano, aquele negócio que precisa de R$1.000, conseguiu manter essa reserva todos os meses. Entretanto, lá pelo oitavo mês, as vendas tiveram uma queda de 20%.

Sendo assim, para que a meta de capital permaneça em R$1.000, a empresa deverá investir em medidas de contenção de gastos, para que suas reservas não se esvaziem.

E, para isso, não basta calcular o quanto precisa ter sobrando todo mês. É necessária a permanente reavaliação das receitas e despesas, para que os ajustes sejam feitos sem que a margem definida como necessária para que o giro caia.

Neste ponto, inclusive, cabe atenção redobrada ao corte de gastos como primeiro recurso utilizado para preservar o capital de giro. Essa prioridade deve ser observada porque incrementar a produção gera mais despesas com insumos.

Portanto, será uma medida que vai naturalmente exigir o aumento na margem estipulada para o giro.

Afinal, por que o giro de capital é tão importante?

Porque ele equivale ao ativo circulante de uma empresa: esse ativo representa a junção de todos os bens da organização que, de forma rápida, podem ser facilmente convertidos em dinheiro.

Ou seja, possuem alta liquidez. Já citamos alguns exemplos mais acima, mas podemos recapitular – contas a receber, estoque, matéria prima, dinheiro em caixa e aplicações financeiras de curto prazo.

Porém, no cálculo final, o qual leva em conta a operação do negócio, devemos considerar o seu capital de giro líquido: o ativo circulante menos as despesas que ele possui. 

Para fixar

O giro de capital líquido é a diferença – isto é, o resultado da subtração – entre o passivo circulante e o ativo circulante.

  • Ativo circulante: bens da empresa que são convertidos em dinheiro.
  • Passivo circulante: todas as obrigações financeiras de curto prazo que uma empresa possui. Alguns exemplos rápidos: folha de pagamento dos colaboradores – salários e encargos trabalhistas, décimo terceiro, férias, etc. – impostos e pagamentos de empréstimos ou financiamentos a instituições financeiras.

O resultado da conta (ativo circulante – passivo circulante) é o capital de giro líquido. Ele indica se uma organização possui ou não uma reserva financeira para garantir que seu negócio continue em operação.

Quando o ativo circulante é menor que o passivo circulante, o giro de capital é negativo, e isso indica que a corporação está em problemas.

Pelo motivo que já citamos no início deste artigo: não existe nenhuma reserva financeira para arcar com possíveis despesas; neste caso, a falência pode ser uma das consequências.

Por outro lado, nem sempre um capital de giro muito alto é indicador de que a empresa vai bem. Pode ser um indício de que seu estoque está excessivo (ou seja, as vendas não vão tão bem) ou que o capital não está sendo investido no negócio.

A importância do capital de giro em tempos de crise

Estamos, atualmente, diante de uma pandemia que afeta o mundo inteiro, inclusive o Brasil. Esse estado de saúde mundial decorre do Coronavírus, vírus responsável pelo desenvolvimento da doença Covid-19, que ataca as vias respiratórias.

O vírus é transmitido pelo ar, assim como por superfícies contaminadas principalmente com gotículas de saliva. Além disso, ele pode demorar até 15 dias para se manifestar no organismo, de forma que sua contaminação é silenciosa e descontrolada.

Diante disso e do perigo que o Coronavírus representa à vida e ao bem estar dos cidadãos, muitas empresas estão adotando a quarentena por meio do trabalho prestado em home Office ou, quando este não se mostra uma opção, por meio da diminuição total ou parcial da prestação de serviços.

Isso é necessário para a contenção das infecções pelo vírus e garantia da segurança dos brasileiros.

Contudo, por outro lado, os serviços são afetados de tal forma que o seu lucro diminui ou se esgota durante este período. É nesse sentido que é tão importante possuir capital de giro.

É com ele, por exemplo, que fornecedores de produtos serão pagos. Também, permite o pagamento dos salários dos empregados afastados temporariamente e cujo vínculo de emprego foi mantido.

Além disso, apesar da ausência de prestação de serviços em razão do auto isolamento social causado pelo Coronavírus, as contas concernentes ao aluguel, energia elétrica e salários não param.

O cenário é o mesmo em relação ao pagamento de empréstimos ou parcelamentos de equipamentos e outros elementos.

Crédito para capital de giro para enfrentamento da crise do Coronavírus

Nos últimos dias diversas medidas econômicas que visam o período prejudicado pelo Coronavírus foram anunciadas pelo Governo Federal, por meio do Ministro da Economia, Paulo Guedes.

Uma vez que diversas empresas não possuem capital de giro por ausência de organização ou mesmo porque sua criação é recente de tal forma que ainda não desenvolveu essa reserva, linhas de crédito serão oferecidas ao empresariado por diversas instituições financeiras.

Elas, por sua vez, receberam incentivos e benefícios liberados pelo próprio Governo como garantia.

Tais medidas são importantes pelo fato de que permitem que a empresa tenha certa liquidez, assim como afasta, de certo modo, o pânico que acompanha episódios de epidemia como este.

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Assim, honram-se os compromissos financeiros ao mesmo tempo em que a empresa possui certo montante para a manutenção das operações, mesmo que de forma parcial.

Aliás, não são apenas as empresas societárias que terão facilidades para alcançar crédito junto aos bancos e, assim, constituir certo capital de giro para se manter nesse momento caótico, pois microempreendedores, tais como o MEI, também serão beneficiados.

Além da disponibilização de crédito, ainda, serão oferecidas facilidades para o pagamento, como aumento do número de parcelas ou, ainda, a redução dos juros oferecidos para quitação do empréstimo.

Veja também: Carteira de trabalho digital: como funciona?

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