Os produtos digitais ganharam figura de destaque no atual mercado de negócios. Isso porque eles oferecem um ponto de entrada mais fácil e barato para qualquer aspirante a empreendedor.
Sob este contexto, preparamos este artigo, que vai tirar as suas dúvidas sobre o tema. Acompanhe!
O que são produtos digitais?
Representam quaisquer produtos que as pessoas podem vender em um ambiente virtual como um e-commerce. Contudo, esses produtos não possuem uma forma física, como aplicativos, e-books, cursos online e softwares, por exemplo.
Em um panorama atual — no qual as mudanças são profundas e acontecem de forma veloz, afinal o novo modelo de consumidor está totalmente empoderado pelas novas tecnologias e multiplicação de ofertas — a necessidade desse tipo de recurso se faz ainda mais presente.
Neste cenário, as empresas precisam entender que o perfil de cliente aumentou o seu padrão de exigência e não quer mais apenas produtos: ele quer experiências satisfatórias sempre novas e surpreendentes e no momento certo. Essas sensações são os novos produtos e quem não se adaptar a isso rapidamente pode estar fora do mercado em pouco tempo.
Passa a ser necessário, portanto, ter um domínio muito além dos produtos digitais em si, e sim sobre a construção dessas experiências online. Além disso, esta não pode mais ser uma competência exclusiva de empresas de tecnologia. As organizações devem buscar desenvolver essas capacidades. Essa expertise é capaz de assegurar que o valor que a companhia ambiciona – e precisa – oferecer para continuar a ser relevante para seu público seja de fato entregue.
Por que este mercado está em alta?
Você pode se perguntar sobre o porquê de investir neste modelo, ao invés de criar um próprio produto físico. Afinal, este último dominou o livre mercado durante muito tempo — milhares de anos, para sermos mais específicos.
O real motivo é que os produtos digitais têm muitas vantagens sobre seus equivalentes físicos. Podemos citar as quatro principais:
- O estoque nunca se torna um problema (excedente ou deficitário);
- Na maioria dos casos, não é necessário investir em um local físico para armazená-los;
- Os clientes podem, muitas vezes, receber o produto imediatamente após a compra;
- Não há custos relacionados a materiais ou montagem.
Ou seja, o criador pode canalizar o tempo e o dinheiro que economiza na criação desses produtos digitais para disponibilizar novos produtos no mercado. Além de ter à disposição mais recursos para investir em marketing, publicidade e branding.
Além disso, qualquer pessoa que tenha um conhecimento específico em uma determinada área pode se tornar um produtor e criar um negócio muito lucrativo com infoprodutos, uma vez que ele é transferido pela internet e pode ser replicado infinitas vezes trazendo um negócio escalável como nenhum outro.
Por outro lado, a venda de produtos físicos é altamente variável e consome muito tempo. Existem complexidades envolvidas como a preocupação com distribuição, impostos, leis, importação, gerenciamento de estoque e assim por diante.
Em comparação, os produtos digitais são fáceis de distribuir, significativamente mais sustentáveis, podem ser replicados infinitamente e geralmente são mais simples de criar. Com pouco mais de um ou alguns dispositivos, qualquer pessoa é capaz de tornar um produto digital digno de compartilhamento ou venda. Não são necessários materiais físicos, fábricas ou funcionários. Apenas um computador, uma pitada de paixão e tempo.
Como ter sucesso ao desenvolver produtos digitais?
Desenvolver a habilidade de construir uma experiência digital satisfatória, em meio a este mercado acirrado, é uma responsabilidade que deve ser levada muito a sério.
Antes de tudo, o primeiro passo é ser capaz de responder basicamente a quatro perguntas. É válido ressaltar que a ordem dessas questões é essencial
1. Quem é o meu público-alvo?
Os empreendedores e empresas precisam, em primeiro lugar, conhecerem o seu consumidor, definir um perfil, entender suas dores e necessidades, antes de pensar em qualquer iniciativa digital. Esse cliente é um jovem com bastante experiência em tecnologia ou um idoso com dificuldades de usar ferramentas digitais? Como é o comportamento dele, quais os interesses, o que ele valoriza, o que consome?
2. O meu produto serve pra quê?
Tenha claro qual é o problema que o seu produto se propõe a resolver. Após este passo, vale a pena refletir se essa nova experiência de produtos digitais satisfaz a necessidade específica desse consumidor. Outro ponto importante é que a solução tem que atender aos objetivos do negócio. Neste sentido, o valor para o cliente e o alinhamento com a estratégia da empresa devem ser os norteadores para a construção de qualquer iniciativa digital.
3. O que eu devo construir?
Depois de saber para quem e por quê, o que deve ser desenvolvido para atender a esse propósito que a empresa descobriu para essas pessoas? Aqui não estamos falando especificamente de um app ou de um web site, mas de algo mais fundamental: o que a empresa deseja ouvir desse cliente assim que ele estiver usando seu novo produto? Que experiência quer entregar a ele?
4. Como posso desenvolver produto digitais?
Tendo clareza sobre as respostas anteriores, é hora de pensar no desenvolvimento de um ecossistema digital que seja capaz de suportar essa experiência que se quer entregar ao consumidor.
Apesar de parecerem simples, essas questões são um grande desafio. No mercado, é muito comum observar empresas e empreendedores que baseiam suas decisões de negócio a partir de leituras parciais ou incompletas dos dados que têm à disposição ou mesmo em impressões, intuição ou até “no que deu certo até agora”. O resultado, na maioria das vezes, são enormes gaps entre o que a empresa acha que entrega ao seu cliente e o que – de fato – este cliente está recebendo na ponta. Voltando ao exemplo Nokia, não é demais dizer que os dias para empresas que se apoiam nessas agenda estão contados.
Validando o centro dos objetivos do negócio no consumidor e em suas necessidades que mudam cada vez mais rapidamente, o product management torna uma organização capaz de suprimir esse gap e responder a essas perguntas de forma correta. E com esse conhecimento, avaliar com precisão e velocidade os novos rumos que devem ser tomados e as oportunidades de melhorias que nascem nesse novo caminho.
Hoje em dia, ter essas capacidades dentro da empresa certamente é ter uma vantagem competitiva em relação à concorrência. A longo prazo, porém, isso será vital para sua permanência no mercado.