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Realizar a gestão de escalas em hospitais é um dos principais desafios enfrentados pelo RH, visto que são diversos turnos de trabalho e equipes multidisciplinares.
Além disso, existem outras que questões envolvidas, como horas extras, entre outros.
Dessa forma, torna-se ainda mais desafiador manter uma boa gestão, quando se trata de escalas na área da saúde.
Por isso, preparamos um artigo especial sobre esse assunto para que você tire suas dúvidas, e entenda como realizar o gerenciamento adequado das horas trabalhadas pelas equipes.
Qual a importância de realizar a gestão adequada de escalas de trabalho em hospitais?
A gestão de escalas de trabalho em hospitais permite acompanhar de perto os horários praticados pelos profissionais, de forma que a carga horária seja cumprida, e que não haja excessos.
Principalmente durante a pandemia, houve uma sobrecarga de trabalho para os profissionais da área de saúde, em decorrência da grande demanda.
No entanto, mesmo em uma situação atípica e inesperada, houve a necessidade de um controle mais detalhado, evitando que o profissional fosse levado à exaustão.
Sabemos que os hospitais muitas vezes não param, eles funcionam 24 horas por dia e sete dias por semana, não existe a possibilidade de funcionar apenas em horário comercial, como em outras áreas.
Por isso, é tão importante que a escala de trabalho seja gerenciada cuidadosamente pelos gestores e RH.
Além disso, esses ambientes têm uma média alta de colaboradores, considerando estabelecimentos com porte médio a grande.
Ou seja, são muitos trabalhadores envolvidos e todos eles precisam cumprir suas escalas de trabalho para que nenhuma área fique desassistida.
E por ser um setor tão importante, e com tantas mudanças trabalhistas que aconteceram ao longo dos últimos anos, existem dúvidas sobre as escalas de trabalho em hospitais, sobre o que é permitido e o que não é, por exemplo.
Por isso, veja a seguir e tire suas dúvidas.
Tipos de escalas de trabalho em hospitais
Existem vários tipos de escalas de trabalho em hospitais que são permitidas pela CLT e pela convenção coletiva dos profissionais da área da saúde.
Escala 12 por 36
A escala 12×36 é uma das principais escalas praticadas pela área da saúde nos hospitais.
Nesta escala, o profissional trabalha 12 horas e deve ter 36 horas de descanso.
Um ponto interessante sobre essa jornada de trabalho, é que antes da reforma trabalhista, a mesma era praticada, mas não tinha previsão legal.
Agora ela já é permitida pela legislação, desde que esteja incluída no acordo ou convenção coletiva da categoria.
Essa escala é mais adotada nos hospitais porque facilita na passagem de turnos e permite uma sincronia dos postos de trabalho.
Os horários mais comuns das escalas são:
- Das 7h às 19h;
- Das 19h às 7h.
Contudo, é importante lembrar dos intervalos intra e interjornada, que devem ser respeitados
Escala 5 por 1
Nesta escala, a cada 5 dias trabalhados, o profissional tem direito a uma folga.
Ou seja, o trabalho será realizado durante 6 dias na semana.
No entanto, é preciso estar atento, pois nesse esquema de turno, a jornada de trabalho não deverá ultrapassar 7 horas e 20 minutos.
E a folga será em um domingo a cada sete semanas.
É interessante ter um trabalhador “folguista” nesta modalidade, tendo em vista a redução de horas extras e um possível acúmulo de função.
Neste tipo de escala, ainda é mais importante contar com ferramentas para auxiliar o controle de ponto e a gestão adequada de horas praticadas pelas equipes.
Escala 5 por 2
Nela, a cada 5 dias trabalhados, o profissional terá 2 dias de folga, consecutivos ou não.
Desta forma, a jornada semanal de 44 horas será distribuída em 5 dias da semana, com cerca de 8h48min diários.
A escala 5×2 está também prevista pela lei. Assim, não existe uma possibilidade de sobrejornada.
Entretanto, o trabalho prestado em domingos e feriados e não compensado, devem ser pagos em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal.
Escala 6 por 1
Nesta escala de trabalho, o colaborador deverá trabalhar 6 dias consecutivos e folgar 1 dia.
Qualquer variação é permitida, desde que seja estabelecida por meio de convenção ou acordo coletivo da categoria.
Para os profissionais que trabalham aos finais de semana, deverá haver uma folga aos domingos a cada sete semanas, no máximo.
As folgas devem ser acordadas com o gestor da equipe e com o setor de RH.
Como organizar escalas de trabalho em hospitais?
Definir as escalas em hospitais para tantos colaboradores, setores e unidades pode ser uma tarefa árdua — e às vezes até complexa, como já sinalizamos mais acima.
Afinal de contas, é muito comum que no dia a dia ocorram faltas, ou que alguém não consiga comparecer ao trabalho por algum motivo.
E quando isso ocorre, aparece aí outra necessidade: a de se ter um controle das escalas para poder remanejar os profissionais de maneira rápida.
Essas questões costumam surgir e cabe aos gestores hospitalares estarem cientes, principalmente para seguir o que a legislação permite, bem como do cumprimento dos horários estabelecidos e demais indicadores.
Faça o planejamento da escala com antecedência
Para manter uma boa gestão das escalas de trabalho em hospitais, o primeiro passo é contar com um bom planejamento.
E a melhor forma para executá-lo é por meio de um plano de trabalho com os horários que serão praticados por todos os membros da equipe.
Além disso, as folgas também devem ser descritas, evitando o favorecimento para um determinado dia para algum profissional ou que sobrecarregue outro.
Assim, todos terão visibilidade dos seus horários e de como está a sua escala.
O gestor responsável deve estabelecer um período para que possíveis trocas sejam realizadas, para melhorar a produtividade e engajamento do time, mas de forma que não prejudique o trabalho e a escala de plantão.
Automatizar a gestão do controle de ponto
Ao adotar um controle de ponto digital integrado a um software para que a área de Recursos Humanos consegue agilizar suas tarefas rotineiras e otimizar diversas funções, inclusive na lida com as escalas em hospitais.
Pontos digitais online, como o Oitchau, têm um controle preciso do tempo de trabalho, dias úteis, horas extras, ausências e outras informações de todos os diferentes tipos de profissionais da saúde, como:
- enfermeiros,
- médicos,
- anestesistas,
- radiologistas, etc.
Além disso, possibilita ao próprio profissional uma gestão mais adequada sobre as suas horas praticadas, evitando que ele não esteja ciente das horas que estão sendo trabalhadas.
E também permite uma maior facilidade na emissão de relatórios e análises diárias, que antes eram ser feitos de forma manual.
Na prática, a interface da plataforma pode ser acessada via internet por meio de smartphones, tablets ou web, os dados de frequência de cada membro da equipe médica estão disponíveis a um clique.
É possível cadastrar todas as informações em tempo real e gerar relatórios com base no que foi registrado.
Dessa forma, o RH e os gestores diretos podem controlar a situação de cada colaborador, organizando folhas de pagamento, escalas de trabalho, concessões de benefícios e outras tarefas de forma ágil e eficaz.
Criar o hábito de fazer a conferência dos dados sobre as jornadas de trabalho
No momento de esquematizar as escalas em hospitais, as tomadas de decisões devem ser feitas a partir de dados atuais dos turnos.
Tudo precisa ser baseado em informações que já estão nos registros da empresa.
Ao adotar um sistema online, como apresentamos no item anterior, o período de apuração é muito menor, porque tudo é gerado em tempo real, além do gestor também aumentar as chances de acertar nas suas escolhas.
Um exemplo disso são os indicadores de RH, que revelam se as escalas estão sendo cumpridas, onde há a necessidade de interferência e o momento exato para agir.
Esperamos que essas premissas essenciais possam direcionar os gestores e responsáveis pelos processos de gestão hospitalar, para que consigam gerenciar os turnos de maneira mais eficiente em seus hospitais e plantões médicos.
Uma boa gestão dessas informações é capaz de ajudar sua equipe de profissionais da saúde a se organizar melhor para cumprir suas cargas e ainda otimizar todos os processos em suas rotinas de trabalho.
