O balanço patrimonial corresponde a uma ferramenta de grande importância para a gestão de empresas. Com ele, é possível obter uma visão abrangente quanto à situação financeira de um dado momento.
E isso é crucial para a sobrevivência da empresa, para a análise quanto à saúde financeira e para o desenvolvimento de estratégias. Além disso, o balanço traz informações essenciais quanto à viabilidade de projetos de diversos tipos.
Por isso, toda empresa – independentemente se pequena, média ou grande – deve promovê-lo. Com ele, torna-se possível conquistar uma série de benefícios e tomar decisões com base em dados concretos.
O que é balanço patrimonial de uma empresa?
O balanço patrimonial corresponde a um relatório contábil. Ele traz informações que indicam quais são os recursos que a corporação possui naquele momento e, também, quais são as suas obrigações financeiras.
É importante ter em mente que o balanço não se refere à trajetória da empresa e a uma análise histórica, mas sim pontual.
Por isso, ele conta com dados atualizados e que correspondem a um momento específico no tempo.
Para que serve o balanço patrimonial?
Ele serve para ilustrar como está a saúde financeira de uma empresa. Por exemplo, se seu patrimônio é inferior às suas obrigações, isso deve acender um alerta vermelho e exigir estratégias para melhorar as finanças empresariais.
A partir do balanço, os gestores contam com informações concretas que lhes auxiliam a compreender a capacidade de pagamento da empresa. Igualmente, sua eficiência operacional e rentabilidade.
Ainda, o balanço patrimonial é de grande valia para a atração de investidores. Quando a empresa demonstra uma boa saúde financeira, aumentam-se as chances de que outras pessoas queiram investir nela.
Ou seja, o balanço é capaz de demonstrar quais são os riscos que uma empresa apresenta. Por meio dele é possível ter acesso às informações que revelam se há ou não estabilidade na organização.
Da mesma maneira, esse documento também é crucial em questões que envolvem solicitação de recuperação judicial.
Ainda, o balanço patrimonial é útil para decisões estratégicas, que devem ser embasadas em informações concretas.
Por exemplo, ele é capaz de indicar se a empresa é capaz de abraçar um novo projeto sem que isso coloque em risco sua manutenção e atividades.
Isso é necessário, especialmente diante de projetos que requeiram recursos que a empresa não possui, como maquinários e softwares.
Ou, então, que seja custoso por uma série de motivos, como pela duração maior ou por requerer muitos colaboradores.
Ainda, pode ser interessante mesmo para projetos menores. Neste caso, é possível priorizar aqueles que são compatíveis, no momento, com a saúde financeira da empresa. Ou trocar um único projeto mais caro por diversos menores.
Portanto, trata-se de um documento com inúmeras serventias. Suas informações são valiosas e, além de dizer muito sobre uma empresa, também ajudam a direcioná-la rumo ao equilíbrio e ao sucesso.
O que é ativo e passivo no balanço patrimonial?
Estes são dois termos muito utilizados no balanço de patrimônio. São eles, afinal, que representam o que a empresa possui e quais são suas obrigações financeiras, informações indispensáveis neste tipo de documento para a análise da saúde financeira.
De um lado estão os ativos. Eles representam todos os recursos que estão sob o controle da empresa. Eles podem ser não circulantes, quando são de longo prazo (como imóveis) e circulantes, que são de curto prazo (valores em caixa, etc.).
Por outro lado, também existem os passivos. Eles correspondem às obrigações financeiras que a empresa possui. Ou seja, indicam as despesas de curto ou longo prazo.
Como se faz balanço patrimonial? Passo a passo
A realização do balanço de patrimônio de uma empresa requer uma série de informações importantes. Por isso, sua realização começa pela reunião destes dados.
Eles incluem, dentre outras coisas: investimentos, estoques, ativos fixos e contas bancárias.
Igualmente, incluem as obrigações financeiras, essenciais para a realização do balanço patrimonial. Dentre elas estão, por exemplo:
- empréstimos,
- impostos,
- contas a pagar (fornecedores, verbas trabalhistas, contas de energia elétrica, internet, etc.).
Depois de reunir essas informações, torna-se possível realizar o balanço. Comece somando todos os ativos e, também, todos os passivos. Logo depois, subtraia estes dos primeiros.
Com isso, será possível determinar o patrimônio líquido da empresa. Ou seja, o que resta para ela após pagar todas as contas que lhe cabem, o que resta para ela e realmente lhe pertence por não precisar ser utilizado para quitar contas com terceiros.
Em seguida, mais uma vez se volte aos ativos e aos passivos. Então, classifique-os, ordenando-os conforme a ordem de liquidez.
Em outras palavras, dos mais facilmente convertidos em dinheiro e aos cuja liquidação não seja tão simples.
Além disso, ao desenvolver o balanço patrimonial também é crucial que haja a apuração em relação à obtenção de lucro ou de prejuízo no período estudado, aos quais os dados dizem respeito.
Com que frequência a empresa deve fazer o balanço patrimonial?
A periodicidade do balanço varia de empresa para empresa. Ela depende das práticas contábeis e das necessidades e estratégias da corporação. Também, do tamanho dela, da complexidade de suas atividades e de exigências legais.
Desse modo, é possível realizar balanços anuais, para análise referente a todo o ano junto ao fechamento do exercício fiscal. Além disso, o balanço também pode ser bimestral, trimestral ou semestral.
Quando fazer o balanço patrimonial? 3 momentos em que ele é crucial
Existem situações que, por si só, pedem a realização de um balanço. Dentre elas estão:
- Quando se deseja atrair investidores, pois o balanço indica a estabilidade da empresa e as chances de que o investimento realmente traga lucros;
- Diante de projetos maiores, que requerem maiores investimentos, a fim de entender se a empresa é capaz de suportar os gastos que ele requer sem que isso coloque em risco suas atividades do dia a dia e a quitação das contas existentes;
- Para auditorias internas, a fim de entender onde está sendo aplicado o dinheiro da empresa, o que ela possui e investigar eventuais furos que possam indicar ação criminosa de desvio de recursos.