A gestão de projetos pode se beneficiar da Metodologia Waterfall. Ela corresponde a uma forma de organização do desenvolvimento do projeto em ordens específicas. Esse conceito existe desde a década de 1940 e hoje ainda apresenta benefícios.
A gestão de projetos encontra melhorias e pode ser muito melhor realizada quando conta com a aplicação de conceitos e metodologias como essa. Abaixo, conheça tudo sobre ela e tire toda as suas dúvidas.
O que é Metodologia Waterfall?
O método Waterfall ou “Cascata”, na tradução para o português, é um conceito tradicional de organização de projetos e do desenvolvimento delas. Da mesma maneira que uma cascata, ele leva em consideração as fases em ordem cronológica.
Nesse sentido, considere que um rio precisa passar por diversos pontos e alturas para chegar ao mar, seu destino final. O início da cascata é o ponto inicial e o ponto final é o mar e nesse caminho existem diversas outras fases importantes.
É esse conceito que o método Waterfall considera. Ela determina o ponto inicial e os seguintes até o final de acordo com a ordem em que devem acontecer. Isso ajud na organização do projeto e no bom resultado final.
Segundo Robson Camargo, especialista em gestão de projetos:
Utilizado desde a Segunda Guerra Mundial, esse método de gerenciamento de projetos vai abranger fases básicas que são: planejamento, execução, validação e entrega.
Com o tempo, o mercado também passou a chamar esse tipo de método de preditivo, porque com ele é possível estimar e prever o tempo e orçamento totais do projeto.
Esse método depende da determinação de cada fase e da ordem delas. Esse é um tipo de uso que pode ser considerado engessado, eis que tem pontos específicos que devem necessariamente estar presentes.
Mesmo diante disso ainda é uma ótima forma de organização dos projetos e do desenvolvimento deles.
Para que serve a Metodologia Waterfall?
Essa metodologia serve para que haja a devida organização cronológica de um projeto. Com ela, é possível determinar o que acontece em primeiro lugar, em segundo, terceiro e assim por diante, até o passo final.
Ela nada mais é do que a organização das atividades e do que elas dependem, antes, para ocorrer. Isso com exceção da primeira, que inicia todos os trabalhos. As demais somente podem ocorrer após o término da primeira e das demais que as precedem.
Isso dá uma visão completa ao gestor sobre como as atividades deverão acontecer desde o seu ponto inicial até o final. É uma forma de gerir um projeto com cuidado e com conhecimento do que acontecerá em cada passo.
Quem pode usar o Método Waterfall?
Segundo Robson Camargo, especialista em gestão, a Metodologia Waterfall é indicada para casos em que os projetos que tem exigências bem específicas. Veja o que diz o profissional quanto ao uso do método:
Segundo o especialista, os projetos que requerem maiores mudanças ou menos engessamento não têm nessa metodologia a mais ideal. Isso não significa que ela não encontre uso em projetos de empresas que precisam de maior liberdade na execução.
Ele pode encontrar vez dentro de projetos mais específicos. E isso é natural, uma vez que as empresas desenvolvem tipos diversos de projetos, tanto aqueles com requisitos específicos quanto os que permitem alteração no curso do desenvolvimento.
Veja o que diz Robson Camargo sobre isso:
Quando usar o Método Waterfall?
A metodologia pode ser usada em diversos lugares e empresas de diferentes naturezas. Para ver se é ideal para seu projeto, veja quando o método se enquadra bem:
- Em projetos com processos bem documentados;
- Quando existem restrições de cronograma e de finanças, o que dá menor liberdade à execução do projeto;
- Quando há requisitos muito específicos;
- Quando precisa seguir requisitos de regulamentação, como aqueles previstos em lei.
Fases do Metodologia Waterfall
As fases dessa metodologia são, basicamente, estas:
- Concepção ou especificação: criação do projeto e decisão sobre o que criar, como criar e o custo-benefício dela;
- Design: definição do visual do projeto, representação dele e plano de ação;
- Implementação: lançamento do projeto para o mercado;
- Teste;
- Manutenção: alterações necessárias.
E quais são as desvantagens?
Como dito acima, nem sempre a metodologia como essa será a ideal. Isso ocorre porque ela encontra algumas limitações pelo fato de ser engessada e necessitar seguir requisitos definidos desde logo.
E isso significa que a metodologia também pode apresentar algumas desvantagens. Veja quais são elas e, depois, acerte ao escolher ou não o Waterfall para seus projetos internos e externos:
- A execução do projeto somente se torna possível depois de um longo planejamento e da definição específica de todos os requisitos cruciais do projeto e do resultado final;
- Não há priorização de algumas entregas e elas se tornam mais lentas, o que pode atrapalhar em muito quando se precisa de agilidade;
- A criatividade encontra pouco espaço;
- Os projetos podem ficar menos transparentes, o que ocorre pela existência de extensa documentação. Isso significa que o gestor tem mais dificuldade em reconhecer rapidamente um quesito caso não conheça a fundo o projeto;
- O escopo do projeto é engessado e não aceita alterações;
- Pelas funcionalidades serem listadas no início do projeto, elas podem se mostrar não tão necessárias assim ao final.
A metodologia Waterfall é eficiente em vários sentidos, e para vários segmentos, com múltiplas aplicações e funcionalidades, permitindo uma gestão de projetos direta e direcionada para resultados.