A qualidade da produção e da realização de atividades diárias pelos empregados de uma empresa pode ser maximizada pela aplicação de alguns conceitos correlatos ao aumento de conhecimento e de busca de profissionalização. Dentre eles estão o reskilling e upskilling, relacionados à proficiência e à qualificação dos colaboradores.
Entenda esses conceitos, abaixo, assim como eles podem ser aplicados nas organizações privadas e trazer bons resultados à produtividade e à qualidade dos serviços prestados pelas empresas.
Reskilling
Reskilling nada mais é do que o termo em inglês correspondente à requalificação. Corresponde à possibilidade do colaborador aprender novas qualidades ou métodos que lhe possibilitem realizar trabalhos diferentes.
A aplicação desse método ocorre, geralmente, quando a empresa nota no funcionário a existência de características que podem ser melhor aproveitadas caso aplicadas em outros setores e outras atividades empresariais.
A técnica, que destoa do upskilling (conforme veremos abaixo) atua como uma espécie de ajuste de rota. Isso permite que haja a realocação do colaborador a fim de que ele passe a prestar serviços em um setor diferente do qual se encontra, no qual pode ser mais produtivo e interessante à organização.
A técnica corresponde a um investimento realizado dentro da própria empresa. Cabe ao gestor apresentar ao colaborador formas de aprendizados, como cursos, palestras e até mesmo sua profissionalização por meio da concessão de bolsas de estudo para ensino superior ou especialização, por exemplo.
Upskilling
Esse termo advém do inglês e sua tradução para português corresponde a “aprimoramento”. Sua aplicação diz respeito ao desenvolvimento das capacidades que o empregado já apresenta.
Enquanto no reskilling a técnica é aplicada de forma a desenvolver habilidades em outras áreas diversas àquela de atuação do colaborador, aqui o foco se dá no aprofundamento e seus conhecimentos e habilidades.
Assim, é possibilitado ao empregado aprender mais sobre seu ofício, sendo que a sabedoria adquirida é reaplicada na empresa investidora.
Nesse caso o funcionário já possui certo domínio. A empresa que investe no aprimoramento do empregado busca, assim, agregar valor à própria instituição em que ele já presta serviços.
É possibilitado ao colaborador aprender técnicas e conceitos que lhe permitam aumentar a qualidade do que já desenvolve dentro de uma organização, assim como de otimizar seu tempo.
Como saber qual é necessário dentro da organização privada
É inegável que ambos os conceitos possuem certa familiaridade, embora digam respeito a situações distintas. A empresa que pretende aumentar a qualidade dos serviços, assim como investir no seu próprio desenvolvimento, deve levar tanto a reabilitação quanto o aprimoramento em consideração.
Enquanto o upskilling pode agregar valor para a instituição, possibilitando o crescimento dos empregados em suas próprias áreas.
O reskilling redireciona a equipe ou empregados àquelas atividades que foram deixadas de lado por ausência de trabalhadores que possuem conhecimento nelas. Outro aspecto da requalificação, é a possibilidade de obter maior produção de um empregado em outro setor.
Assim, ele pode apenas ser deslocado, após o devido ensinamento quanto às novas atividades, ou ser substituído por outro funcionário que passa por requalificação ou que acaba de ser contratado para a vaga até então preenchida por quem passou pela nova qualificação.
É preciso que o setor de recursos humanos (RH) fique atento aos colaboradores que prestam serviços na empresa.
Questionar quais são suas habilidades que não são aplicadas na empresa, seus objetivos e suas áreas de interesse são algumas das formas de entender quais são os empregados mais indicados para a requalificação.
Quanto ao aprimoramento, cabe ao RH observar quais áreas desenvolvem novas tecnologias e conhecimentos constantemente. A partir de então, pode buscar cursos, palestras e outras formas que possam oferecer ao colaborador seu aprimoramento intelectual nas atividades já realizadas.
É preciso que a empresa dê liberdade ao empregado. A obrigação não deve ser um aspecto do aprimoramento ou requalificação. Isso auxilia com que a empresa identifique quais são os colaboradores que estão mais instigados no crescimento dentro da empresa. É importante para fins de engajamento.
Aplicando os conceitos de requalificação e aprimoramento dentro da empresa
Para ambos os conceitos é indicado que a empresa invista em cursos diversos. Eles podem ser relacionados desde a graduação em ensino superior, quanto a especializações de pós graduação, MBA ou mestrados, por exemplo.
Nesse caso, quando o objetivo for o aprimoramento, os aprendizados oferecidos devem ser concernentes à área de atuação do colaborador.
Caso relacionado à requalificação, a empresa deve primeiro definir onde deseja realocar o empregado. Com o aval dele, então, é possível buscar quais são os principais cursos destinados à nova área.
A empresa pode oferecer para ambas as situações cursos de línguas, informática e oratória. Cabe à empresa determinar se o subsídio será feita por ela, integralmente, ou parcialmente.
Principalmente para o segundo caso é que novamente se ressalta a importância de que esse tipo de qualificação não seja obrigatória e envolva o interesse do colaborador.
A empresa pode se utilizar da política de feedbacks para aplicar os conceitos referentes reskilling e upskilling. Isso porque é por meio deles que ela pode perceber o descontentamento do empregado com a área em que atua e eventual interesse em outro setor que a empresa oferece.
É por meio dos feedbacks que se torna possível concluir com eventual necessidade de aprimoramento das atividades. Muitas vezes a queda de desempenho do empregado, está correlacionada ao simples desconhecimento de novas técnicas ou de inovações tecnológicas.
Como essas técnicas podem auxiliar a empresa?
Esses processos de requalificação e aprimoramento são essenciais na busca da capacitação interna dos profissionais que prestam serviços à organização.
É oferecido aos colaboradores formas de aprimorar e se especializar em atividades, sejam aquelas já exercidas ou referentes a um novo setor para o qual o funcionário pode ser transferido.
A eficiência e a qualidade da empresa, ganham com a aplicação dos conceitos de requalificação e aprimoramento.
Em primeiro lugar, cabe destacar que o uso de requalificação permite que a empresa passe a buscar talentos profissionais dentro da empresa, de forma interna.
Assim, um colaborador que presta serviços em um dos setores pode, muitas vezes, tornar-se muito mais produtivo e interessante para a organização quando requalificado e transferido para outra equipe.
O investimento no conhecimento dos funcionários que permanecerão no mesmo setor permite que eles aliem a sabedoria e experiência já desenvolvidas a novas técnicas e modelos de trabalho que o tornarão mais expert na área.
Em segundo lugar, ressalta-se o fato de que as técnicas citadas podem atuar de modo a aumentar a motivação dos empregados, independentemente se eles continuarão na empresa ou não.
É importante considerar, nesse caso, que o empregado tanto pode ser valorizado na manutenção em seu setor, com a adição de conhecimentos, quanto pela sua transferência para outra equipe na qual ele se sinta mais motivado e tenha maior interesse pelas atividades.
A autoestima dos empregados e o sentimento de valorização, tornam-se latentes com essa aplicação. Eles observam que a empresa busca qualificar aqueles que já lhe prestam serviços ao invés de atuar de forma a substituí-los por terceiros que vem de fora da organização.
Conclui-se, assim, que a aplicação das técnicas de requalificação e de aprofundamento trazer inúmeras vantagens às organizações, ao mesmo tempo em que não demandam grandes gastos financeiros.
É possível que a empresa desenvolva cada vez mais seus empregados e melhora sua própria imagem perante o público e a concorrência, uma vez que sua rotatividade de colaboradores é minimizada.
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